A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi presa nesta terça-feira (29) em Roma, na Itália, após um pedido de extradição feito pelo governo brasileiro. A prisão ocorre pouco mais de dois meses após a parlamentar deixar o país para evitar o cumprimento de uma condenação judicial.
Zambelli foi sentenciada em maio deste ano a dez anos de prisão por envolvimento na invasão aos sistemas eletrônicos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Menos de duas semanas após a condenação, a deputada viajou para a Europa, em uma tentativa de escapar da pena.
Segundo informações divulgadas por seu advogado, Fabio Pagnozzi, Zambelli estava em seu apartamento em Roma, “pintando e lavando o cabelo”, quando foi surpreendida pela polícia italiana. Ainda de acordo com o advogado, ela cooperou com as autoridades, pegou seus remédios e foi levada à delegacia. Pagnozzi afirmou que a parlamentar teria se entregado voluntariamente, algo que foi negado pela Polícia Federal.
Um dos responsáveis por acelerar o processo de extradição foi o deputado italiano Angelo Bonelli, que publicou em sua conta no X (antigo Twitter) que havia denunciado o paradeiro de Zambelli às autoridades italianas. Bonelli já havia solicitado formalmente, em junho, que o governo da Itália tratasse o caso com urgência.
Nos bastidores da investigação, circula a possibilidade de que a deputada tente solicitar asilo político, embora essa hipótese seja considerada improvável por autoridades brasileiras.
Forte votação em Caieiras
Nas eleições de 2022, Carla Zambelli foi a terceira deputada federal mais votada no município de Caieiras. Agora, com a prisão em território italiano e um processo de extradição em curso, o futuro político de Zambelli é incerto e o caso deve ter repercussões tanto no cenário nacional quanto entre seus apoiadores locais.










